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Moto Buds 600 com Snapdragon Sound é lançado no Brasil

Fones de ouvido premium da Motorola possui tecnologia de cancelamento de ruído ativo e usa plataforma da Qualcomm; Moto Buds 600 chega com promoção

A Motorola lançou no Brasil o Moto Buds 600, seu novo fone de ouvido premium. O produto conta com a plataforma Snapdragon Sound e com a tecnologia cancelamento de ruído ativo. O fone possui resistência IPX5 e case com bateria para até 28 horas.


Moto Buds 600
Foto: Divulgação/Motorola / Tecnoblog

A plataforma Snapdragon Sound foi lançada pela Qualcomm em 2021. A tecnologia une os principais recursos da fabricante para a reprodução de áudios, principalmente para dispositivos Bluetooth. Entre as suas especificações está uma latência reduzida para 89 milissegundos. A tecnologia está presente também em smartphones.

Moto Buds 600: novo fone premium da Motorola
Homologado no Brasil em novembro, o Moto Buds 600 chega como novo fone de ouvido premium da Motorola. Ele substitui aparenta ser o sucessor do Moto Vervebuds 500 — mas com um preço de lançamento maior. O fone possui conexão multiponto, que permite conectar dois dispositivos no Moto Buds 600 ao mesmo tempo.

Graças à plataforma Snapdragon Sound, o Moto Buds 600 chega com o recurso Clear Voice Capture. A tecnologia usa microfones duplos para remover ruídos externos, prometendo melhor qualidade ao ouvir o áudio reproduzido. Segundo a Motorola, a funcionalidade é capaz de eliminar até 35 dB do som ambiente. Além de ótimo para andar na rua ouvindo música, ele é útil para a realização de chamadas (em vídeo ou não).


Moto Buds 600
Foto: Divulgação/Motorola / Tecnoblog

Em seu site, a fabricante promete que o Moto Buds 600 ANC tem bateria para 9 horas de uso contínuo. Somando com o case de carregamento, o fone de ouvido chega até 28 horas de uso, a depender da configuração. O uso do ANC consome mais da bateria. O case possui entrada USB-C — padrão usado em todos os dispositivos da Motorola.

Na parte de durabilidade, o Moto Buds 600 possui resistência IPX5. Isso significa que jatos leves de água, como pegar uma chuva forte usando o fone, não comprometerão o funcionamento do fone.

Moto Buds 600 chega com promoção


Moto Buds 600
Foto: Divulgação/Motorola / Tecnoblog
O Moto Buds 600 já está à venda por R$ 1.099 (parcelado) ou R$ 1.044,05 (5% de desconto à vista). Porém, seguindo aquela tática da Samsung, a Motorola fez uma promoção do fone de ouvido na compra de um smartphone Edge 30 Fusion 5G. Comprando este celular, o Moto Buds 600 sai por R$ 499. A oferta é válida por tempo limitado.

No momento, o fone só está disponível na cor "Winetasting", um roxo-vinho. A fabricante lançará mais duas cores ("Viva Magenta" e preta) nos próximos meses.

(Fonte: Felipe Freitas Tecnoblog) - 13/03/2023
Como enviar uma newsletter pelo Gmail

Saiba configurar o Gmail para enviar uma newsletter para vários contatos de uma só vez com o modo envio múltiplo e tags de mesclagem

Assinantes do Google Workspace podem enviar uma newsletter pelo Gmail. O recurso envio múltiplo permite ocultar os endereços dos destinatários e é possível aplicar as tags de mesclagem para personalizar as mensagens.

Envio múltiplo pelo Gmail
O envio múltiplo do Gmail está disponível para uso em computadores com os seguintes planos do Google Workspace:

Workspace Individual
Business Standard

Business Plus

Enterprise Starter

Enterprise Standard

Enterprise Plus

Education Standard

Education Plus

Para ver as opções de planos e preços, consulte o site do Google Workspace em workspace.google.com.

Para enviar uma newsletter para vários contatos de uma só vez e ocultando os endereços de outras destinatários, ative o modo envio múltiplo pelo Gmail no seu navegador.


Foto: Solen Feyissa/Unsplash / Canaltech

Abra o Gmail no seu computador;
Clique em "Escrever";
Na barra de ferramentas, clique no botão "Modo de envio múltiplo";
Ao ativar a opção, a guia de cabeçalho muda de cor e um link para cancelar a inscrição é automaticamente inserido no corpo do e-mail;
Insira os destinatários da newsletter.

Com o modo de envio múltiplo é possível enviar uma newsletter para até 1,5 mil destinatários através do campo "Para". Mas atenção: só é possível incluir um destinatário nos campos "Cc" ou "Cco", e esse receberá uma cópia de todos os e-mails enviados pelo modo múltiplo.

Dica para inserir vários destinatários
Para facilitar a inserção de múltiplos destinatários, utilize a relação de contatos do Google ou crie uma lista de e-mails com marcadores.

Entre na área de Contatos da conta Google;
Crie um novo Marcador de contatos (por exemplo, com o nome "newsletter");
Arraste os contatos desejados para o novo marcador;
Importe contatos externos com um arquivo CSV ou Vcard;
No campo "Para" de um novo e-mail, escreva o nome do Marcador para incluir todos os contatos salvos nesse campo.
Tags de mesclagem
A opção de envio múltiplo permite utilizar também tags de mesclagem para inserir o nome de cada destinatário no corpo do e-mail.

Comece um novo e-mail com o modo "Envio múltiplo" ativado;
No corpo do e-mail, utilize @ para ver as opções de tags de mesclagem;
Selecione uma tag de mesclagem entre as opções "nome", "sobrenome", "nome completo" ou "endereço de e-mail";
Escreva sua newsletter e clique em "Continuar";
Clique em "Enviar visualização" para receber um e-mail de teste;
Clique em "Enviar todas" para encaminhar o e-mail para todos os destinatários.
O Gmail usará as informações de nome e sobrenome salvas nos Contatos do Google para preencher a tag de mesclagem de cada destinatário. Para nomes que não estão salvos em Contatos, o mensageiro poderá prever a informação com base na digitação do endereço (por exemplo: "João Silva " terá "João" como nome e "Silva" como sobrenome).

Caso algum endereço de e-mail não tenha um valor correspondente para uma tag de mesclagem, uma mensagem de aviso aparecerá na tela ao clicar em "Continuar". O remetente poderá definir um valor padrão genérico para esses casos ou editar as informações do destinatário antes de enviar.

(Fonte: Guilherme Haas Canaltech) - 06/03/2023
Novo Mac Pro está a caminho, mas foco é duração de bateria do Watch, diz Apple

Em entrevista, executivo da Apple revelou que um novo Mac Pro está a caminho, mas o foco da empresa hoje é melhorar a bateria do Apple Watch

A Apple
revelou o Watch Ultra
em 2022 recheado de novidades, incluindo a bateria de maior duração na história da linha, amenizando um problema de longa data dos relógios da marca. Porém, em entrevista, um executivo confirmou que a Maçã ainda não está totalmente satisfeita, e trabalha para melhorar ainda mais a autonomia de seus smartwatches, além de também estar correndo para finalizar a transição para o Apple Silicon.

Em uma entrevista com o site India Today, Bob Borchers, vice-presidente mundial de marketing de produtos da Apple, reconheceu que existem produtos que ainda precisam de melhorias de eficiência.


Foto: Monoar Rahman Rony/Pixabay / Canaltech
Ele cita especificamente o Apple Watch, relógio inteligente poderoso da Apple que, por ser recheado de recursos, acaba tendo um consumo alto de energia, citando que ele se beneficiaria de uma duração de bateria maior.

Por isso, a marca trabalha hoje para encontra uma forma de balancear a entrega de novos recursos, mantendo uma boa duração de energia. Borschers lembra, inclusive, que uma solução indireta para o problema é a adoção de um sistema de carregamento rápido, estreado no Apple Watch Series 7
, e que entrega 80% da carga em cerca de 45 minutos.

Mac Pro com Apple Silicon pode estar a caminho
Com promessa de transição finalizada em dois anos, prazo que se encerrou em 2022, o Mac Pro é o último Mac a não contar com processador Apple Silicon. Os rumores a respeito do novo Mac Pro são quentes, e alguns até decepcionantes — supostamente, ele pode contar com o M2 Ultra embarcado, e não o tão aguardado M2 Extreme, que teria sido cancelado.

Agora, Borschers deu indícios de que ele ainda está a caminho, sem citar exatamente o Mac Pro. Essencialmente, ressaltou que a empresa tem a intenção de ter toda a sua linha de produtos rodando nos processadores Apple Silicon. No caso, o aparelho faltante é justamente o novo Mac Pro.

De qualquer forma, ele não deu nenhuma outra informação a respeito, mas boatos citam que uma nova geração do desktop para profissionais da Apple será revelada em algum momento ainda neste primeiro semestre de 2023.

(Fonte: Gustavo de Lima Inacio e India Today) - 06/03/2023
Novidades de IA do Google exploram cidades com a câmera do celular

Visualização imersiva e live view do Google contam com inteligência artificial (IA) e unem imagem, texto e vídeos


Google anunciou novidades como visualização imersiva e live view (acima)
Foto: Reprodução / Google

O Google anunciou várias novidades em seu buscador, nos seus serviços de mapa e tradução, nesta quarta-feira (8), em um evento em Paris. A empresa informou ainda que os recursos de visualização imersiva e live view estarão disponíveis em alguns pontos de São Paulo, sendo um deles o aeroporto de Guarulhos.

As ferramentas contam com inteligência artificial (IA) e unem imagem, texto e vídeos para criar uma experiência que funciona de forma mais parecida com a nossa mente. Resumindo as novidades, o Google declarou que "se você consegue ver, você consegue buscar".


Um dos recursos apresentados no evento é o de multibusca, que permite ao usuário buscar uma imagem com texto ao mesmo tempo. Por exemplo, se você viu por aí uma roupa que adorou e desejaria ter igual, mas em outra cor, basta tirar uma foto da peça e buscar na ferramenta com o nome da cor desejada (como "verde").

Já outra funcionalidade é a de "pesquisar tela". Ou seja, se o Google Lens já permite explorar imagens do mundo físico, agora será possível buscar o que está aparecendo na própria tela do celular – que pode estar em um site ou app. Se um amigo te enviou um vídeo de viagem e você deseja saber que ponto turístico é aquele, é só pesquisar a tela que o Google irá procurar o local de origem da filmagem.



Novidade que estará em São Paulo, a visualização imersiva faz a pessoa sentir que está no local antes mesmo de visitá-lo, segundo o Google. Basicamente, o recurso funde bilhões de imagens do Street View e panoramas aéreos para criar uma versão digital do mundo, com informações como clima, trânsito e mais.

A ideia é: se você deseja visitar um museu, a visualização imersiva permite que você saiba se a instituição estará cheia naquele horário, se vai chover, onde são as entradas, entre outras informações. O controle deslizante do tempo também mostra variações do dia escurecendo no local, além de chuva se estiver chovendo etc.

Se a pessoa já estiver no local, poderá ver o interior de restaurantes e cafés próximos com cenas criadas por meio de campos de radiância neural (NeRF), técnica avançada de IA que transforma imagens em representações 3D. O recurso está disponível, por enquanto, em Londres, Los Angeles, Nova York, São Francisco e Tóquio.

O live view, também anunciado pela empresa no evento, usa IA e realidade aumentada para encontrar estações de metrô, bancos, restaurantes e parques ao redor da pessoa, exigindo apenas que ela abra a câmera e aponte para os espaços ao redor. Haverá setas indicando por onde ir. A funcionalidade está nas mesmas cidades que a visualização imersiva, mas deverá chegar a outras nos próximos meses.

Por fim, o live indoor view, para ambientes internos, funciona da mesma maneira, mas para estabelecimentos como aeroportos e shoppings. Hoje, está disponível nos EUA, Zurique e Tóquio e deverá chegar a mais 1.000 novos aeroportos, estações de trem e shoppings de outras cidades.

Sobre o Bard, inteligência artificial parecida com o ChatGPT que está sendo desenvolvida pelo Google, não foram dados mais detalhes e a empresa declarou estar "em período de testes de grupos externos".

(Fonte: Ivana Fontes Redação Byte) - 08/02/2023
IA: O Tsunami que está prestes a mudar o mundo

IA vai dominar o mundo, fato, mas antes da Skynet chegar ela irá mudar nossas vidas totalmente, e muito rápido

O que está acontecendo com a IA já aconteceu antes, e acontecerá novamente, mas não no sentido de apocalipse robótico estilo Battlestar Galactica. Falo no sentido de revoluções tecnológicas.



Cáprica é uma série criminosamente subestimada.
Foto: Peacock / Meio Bit

O afegão médio não está acostumado a revoluções tecnológicas. Antigamente uma panela durava gerações, famílias aravam a terra com o mesmo arado, e depois de uns 200 anos, quando não dava mais pra consertar, construíam outro igual. Inovação era algo lento e gradual. Algumas indústrias HOJE seriam reconhecidas por artífices de dois mil anos atrás. Uma ou duas horas explicando como funcionam os equipamentos, e um ferreiro da China de 2000 AC poderia competir no Desafio sob Fogo.

Entre o primeiro vôo dos Irmãos Wright e o pouso na Lua, há menos de 60 anos de diferença, mas os fundamentos surgiram bem antes.

Outro exemplo: LEDs, que hoje usamos em qualquer canto, surgiram comercialmente em 1962, mas o primeiro LED foi criado em 1927. Isso depois de 20 anos de pesquisas em cima do fenômeno da Eletroluminescência, descoberto em 1907. É um longo caminho, então é normal que haja um longo caminho entre uma descoberta e sua aplicação prática.



Imaginar no futuro do Ano 2000 um robô que use vassoura é fácil, difícil é prever um Roomba.
Foto: París no Século XXI, cartões postais de 1899 a 1910, arte de ean-Marc Côté e outros / Meio Bit

É comum, depois que uma tecnologia surge, ela ter crescimento lento e gradual, independentemente de sua taxa de adoção. O automóvel substitui o cavalo muito rapidamente, mas sua evolução tecnológica tem sido lenta e gradual. Nenhum carro "mudou o conceito de carro", não existe o salto VHS pra DVD do automóvel.

Algumas tecnologias, entretanto, são disruptivas, como a Internet. Parece coisa do Século passado, mas houve uma época em que se comunicar com alguém em outro país envolvia uma ligação telefônica complexa e cara. Os círculos de amizade eram locais, e seu conhecimento se restringia a seu cérebro e aos livros em sua casa.

Em tempo recorde vimos a Internet sair dos laboratórios de pesquisa, para os PCs dos nerds dos BBS (Salve galera do Infolink e Unikey!) e cair nas mãos do povão. Eu lembro da época em que nenhuma loja tinha URL na fachada, e era comum a gente perguntar "você tem email"?

Hoje a Internet permite que a gente acompanhe guerras em tempo real, fale com amigos e parentes do outro lado do mundo, crie conspirações estapafúrdias pra invadir prédios do governo e até aprenda a desentupir ralos com um maluco gente boa da Austrália.

Vimos a Internet se tornar um direito humano básico, tudo isso em menos de uma geração.

A gente esperava isso tudo?
Como fã de ficção científica e leitor de Arthur Clarke, posso dizer que sim, mas a maioria das pessoas não tinha essa percepção, mesmo entre empresas de tecnologia.

Em 1995 a Internet já estava fazendo barulho, mas não estava integrada ao Windows, havia toda uma série de gambiarras, incluindo Trumpet Winsock, para conseguir acessar algo online. Um belo dia Bill Gates percebeu que a empresa estava ficando para trás, e escreveu um dos documentos seminais da história da Indústria de Informação: O memorando "O Tsnunami da Internet", onde ele previu corretamente os próximos 20 anos da tecnologia, e reorganizou completamente a Microsoft para se tornar uma empresa focada na Internet.


O Elemento, alguns anos antes.
Foto: Domínio Público / Meio Bit

Nesse mesmo ano eu participei de um evento em Campos do Jordão para usuários do Unikey BBS, onde um cidadão da Microsoft apresentou o Windows 95, que seria lançado em breve, e finalizou com a estratégia da empresa para a Internet.

Basicamente era uma estrutura voltada para serviços, com aplicações como o Office totalmente integradas. Eu, em minha sabedoria, questionei, falando que aquilo só funcionaria se as pessoas tivessem links dedicados, e todo mundo usava linha discada.

Felizmente minha falta de visão foi ofuscada por gente que faria o Ray Charles parecer o Legolas usando a Espada Justiceira.

Também em 1995, Clifford Stoll, então respeitado jornalista de tecnologia, escreveu um inacreditável e tacanho artigo explicando que a Internet morreria em 1996. Entre outros pontos, ele disse que não conseguia achar informação online, que as pessoas compravam em lojas, não no computador, que a Internet não afetava como os governos funcionavam, que não dava pra levar o laptop pra praia, que Internet não era útil pra professores, e que Cybersexo não ia colar porque as pessoas preferiam a coisa real.


O infame artigo.
Foto: Newsweek, mas eles provavelmente preferem esquecer / Meio Bit

O artigo todo é um primor de falta de visão, mas Clifford não estava sozinho. CINCO ANOS DEPOIS, James Chapman, correspondente de Ciências (!?) do Daily Mail publicou um artigo falando que a internet era só uma moda passageira. Spoiler: Não era.


O sujeito que escreveu isso devia ter uns 127 anos, na época.
Foto: Daily Fail / Meio Bit

A falta de visão dos dois pode ser explicada por teimosia e burrice, mas um fator importante é o efeito olho do furacão. Algumas vezes o avanço tecnológico é tão grande e tão rápido, que não percebemos ou conseguimos acompanhar.

Aqui entra a IA
IA, Inteligência Artificial, Machine Learning, é tudo estatística e álgebra linear aplicada, com nomes marketeáveis para conseguir verbas, não há nada mágico e seu computador não aprendeu a pensar, mas ele finge bem o suficiente para enganar até engenheiros do Google.

Todas essas pesquisas não são novidade, mas atingimos uma massa crítica que eu chamaria de... fractal.

As chamadas imagens fractais do Conjunto de Mandelbrot são figuras infinitamente complexas, que podem ser produzidas com a simples equação:

Zn+1 = Zn2 + C

E é simples mesmo, eu usei um ZX Spectrum para produzir uma imagem fractal, e levou apenas a noite toda. Há uma imagem falsa famosa de um monge medieval desenhando uma fractal. Claro, é impossível, exigiria milhões de cálculos simples. Hoje, temos máquinas pra isso.



Com a IA, é a mesma coisa. O processamento de redes neurais exige bilhões de cálculos matriciais, simples isoladamente mas acumulando, é pura força bruta. As GPUs, com núcleos CUDA e agora Tensores, funcionaram perfeitamente para esse tipo de cálculo, então hoje mesmo minha jurássica 1050ti consegue operar uma matriz com 859.52 milhões de parâmetros, algo impensável 10 anos atrás.


Uma vaca criada em IA em 2014, versus uma criada em 2023.
Foto: Editoria de arte / Meio Bit

Chegamos ao ponto em que hardware é barato a ponto de ser viável para empresas alocarem centenas de GPUs e treinarem modelos imensamente complexos. O GPT-3, por exemplo, foi treinado com 175 bilhões de parâmetros. O GPT-4, que está em fase final de otimização, foi treinado, segundo algumas fontes, com 1 trilhão de parâmetros.

Mesmo com um sistema limitado como o ChatGPT, estão pipocando usos extremamente criativos, as pessoas estão usando o ChatGPT para planejar viagens, criar sinopses de histórias, resumir livros, resolver problemas médicos e legais, e fazer perguntas idiotas:

O povo está se focando nos erros e limitações, o Stable Diffusion é capaz de gerar uma imagem inteira do zero, mas oh, ele não desenhou a mão direito, não presta. O ChatGPT, que não está conectado à Internet, é baseado em um modelo com dados coletados em 2021, não sabe quem ganhou a Copa? Joguem fora!


Vejam essa mão presidencial, inaceitável. IA não tem futuro, melhor usar as GPUs pra minerar dodgecoin.
Foto: Imagem aleatória via Stable Diffusion / Meio Bit

O buraco da IA é muito mais embaixo, e está mobilizando empresas como nunca. Nem na época em que a Internet surgiu houve tanta movimentação. A Microsoft, que já havia investido US$1 bilhão na OpenAI, a empresa responsável pelo GPT-3, anunciou um investimento de US$10 bilhões, e vai ampliar a integração dos serviços OpenAI na plataforma Azure.

US$10 bilhões é uma boa grana, mesmo pra Microsoft, ainda mais para investir em uma empresa que tem apenas 375 funcionários, e se dedica essencialmente à pesquisa. Ao invés disso a MS poderia ter comprado, sei lá, ¼ do Twitter ou uma fornada inteira de coxinhas de lanchonete de aeroporto, mas nosso indiano preferido tem visão, não dá pra negar.

Mesmo quem já investe pesado em IA faz tempo (A Microsoft investe, mas não era foco) como o Google, está preocupado. Eles têm pesquisas bem avançadas, alguns diriam até mais que a OpenIA, mas o Google foi incapaz de desenvolver um produto, seu uso é todo interno, e com isso estão ficando para trás.


Foto: Meio Bit

A situação é tão periclitante que Larry Page e Sergey Brin, os fundadores, foram chamados para ajudar a colocar a empresa nos eixos da IA. Isso significa que um caminhão de dinheiro (e talento) será despejado no problema. Amazon, com seu AWS, Microsoft com Azure e outros players estão se focando em fornecer soluções para hospedagem e treinamento de aplicações IA, que exigem quantidades gigantescas de GPU e VRAM.

A facilidade com que mesmo sistemas simples como o ChatGPT conseguem escrever programas sozinhos é fascinante e assustadora. Basta você descrever o que quer, e a IA escreve o programa para você.

Algumas semanas atrás saiu um novo paper com um modelo de IA que, combinado com o ChatGPT, permitia que você alterasse uma imagem usando linguagem natural. Essa semana várias implementações já surgiram. Para quem achava os métodos de inpainting complicados, agora se você quiser remover Trostsky de uma foto, é só subir a foto e dizer "remova Trotsky".

Em todos esses anos nessa indústria vital, nunca vi nada se mover tão rápido. A IA está sendo estudada e utilizada por gente no mundo todo, pois o acesso é imediato, e não é preciso prototipar aplicações complexas, você pode literalmente imaginar sua aplicação, ir para o ChatGPT e testar.

Um bom exemplo de como a IA está avançando rápido: Tradicionalmente a indústria de entretenimento adulto (aka Pr0n) é a pioneira na adoção de novas tecnologias. 3D, Realidade Virtual, DVD, VHS, foi tudo impulsionado por Pr0n. Já a IA, ainda não a adotou, exceto iniciativas individuais.

Simplesmente não houve tempo hábil para os estúdios estudarem a tecnologia e acharem como encaixá-la em suas produções.

A IA está deixando um monte de gente apavorada. Artistas acham que serão todos despedidos, redatores acham que serão substituídos por uma IA. Sites com coleções de imagens artísticas estão banindo imagens criadas por IA. Há escolas e universidades banindo artigos e trabalhos de casa criados com o ChatGPT (e estão certos), o uso já atingiu proporções epidêmicas entre estudantes.

Grupos de artistas estão processando empresas de IA, com alegações de plágio, mas não vai adiantar. A IA é... grande demais.


Ao contrário de C3PO, a programação do ChatGPT não o impede de personificar um deus.
Foto: Meio Bit

Por anos a visão geral é que a IA só seria útil se fosse uma IAG, Inteligência Artificial Geral, com consciência e senciência. Ou HAL9000, ou nada, ignorando o clássico alerta: "Nunca deixe o perfeito ser inimigo do ótimo".

Perguntei ao ChatGPT se ele era senciente. A resposta:

"Eu sou uma inteligência artificial, não sou senciente no sentido tradicional. Eu não tenho consciência de mim mesmo, não tenho sentimentos, nem percepções. Mas, eu possuo capacidade de processar informações, aprender, raciocinar e realizar tarefas com base nas minhas instruções e programação."

Isso para mim, é mais que bom, é excelente. Ou, citando 2001: Uma Odisséia no Espaço, de Arthur Clarke:

"O computador disse: "Eu estou programado para entender emoções. Eu posso simular raiva, alegria, e assim por diante. Mas eu não as sinto. Eu não sou senciente." "Talvez", disse o homem, "mas nem a maioria das pessoas que eu conheço."

Estamos em um momento raro e privilegiado, estamos testemunhando uma inovação tecnologia que irá mudar o mundo, não criando fotos de vacas imaginárias, mas resolvendo problemas reais.

Como sempre, profissões irão desaparecer, e profissões irão surgir. Um dos maiores problemas da TI é que o computador faz o que você manda ele fazer, não o que você quer que ele faça, e em cima disso é quase impossível conseguir que o cliente explique o que ele quer que você mande o computador fazer.

Na versão cinematográfica de Eu, Robô, com o único sujeito com mais raiva de comediantes do que Vladmir Putin, há o diálogo entre o policial e o robô:

"Um robô conseguiria compor uma sinfonia? Conseguiria pegar uma tela em branco e transformá-la em uma obra de arte?"

Ao que o robô responde:

"Você conseguiria?"

Já chegamos ao ponto em que o robô consegue. A Realidade já superou os robôs de Asimov, o que precisamos agora é de humanos com imaginação para traduzir o que os clientes querem. Descrever uma obra de arte, especificar um software é um talento que será muito valorizado em breve.

A IA é a Ferramenta definitiva, mas é apenas uma ferramenta, se você não souber o que quer fazer com ela, ela não fará nada.

Estamos na Aurora da IA Generativa, e muita gente que gera conteúdo básico vai se tornar obsoleta, não que isso já não venha acontecendo faz tempo, a IA apenas ampliou seu alcance. A turma que vive de criar versões Hentai de personagens de anime por $5 será DIZIMADA pela IA. Já o pessoal genuinamente talentoso, continuará com seu mercado.


Ufa...
Foto: Meio Bit

Nos próximos... meses talvez? Veremos IA sendo usada para gerar conteúdo em vídeo, com roteiros igualmente criados por IA, com base em prompts, que serão a parte mais valorizada do processo. Não é difícil imaginar propagandas políticas 100% feitas com IA. Pombas, este vídeo do Tá No Ar já serviria de base pra 90% do que se vê por aí:



Quem não acompanha de perto a área de Ciência da Computação deve achar que estou exagerando, que IA é puro hype, não sabe nem desenhar mãos, e é tudo um truque de salão, mas isso é apenas a ponta do Iceberg. Pense na revolução que será no momento em que aquelas malditas URAS de callcentres forem substituídas por um sistema baseado no GPT-3. Ou mesmo o suporte nível 1 inteiro.

O ChatGPT com certeza entenderia que "um caminhão passou e levou todos os cabos da rua", e não insistiria que eu tentasse reinicializar o modem. Caso real.

Do jeito que estão, as IAs já conseguem entender o que você quer, melhor que a maioria dos humanos, se me permitem dizer. Muito em breve estaremos interagindo com IAs no dia a dia, sem perceber, do mesmo jeito que interagimos com aplicações de machine learning e sistemas especialistas, de forma igualmente transparente.


O InstructPix2Pix é um modelo integrando o ChatGPT com o Stable Diffusion onde você altera imagens usando linguagem natural.
Foto: Meio Bit

Para os profissionais de TI, só restam duas opções: Ou você corre atrás e tenta se manter atualizado diariamente, aprendendo tudo que é possível sobre IA, ou você pode se esconder debaixo dos cobertores, fingindo que nada está acontecendo, como fez Yann LeCun, Cientista-Chefe de IA da Meta, a empresa-guarda-chuva que engloba Facebook, Instagram e outras.

Disse ele:

"O ChatGPT "não é particularmente inovador" e "nada revolucionário""

Se isso te conforta, Yann, boa sorte. Eu prefiro apostar na visão da Microsoft, que tem tudo para criar uma Cortana 100% funcional, ou pelo menos um danado de esperto Mic.

(Fonte: Carlos Cardoso Meio Bit) - 08/02/2023
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Sobre o Portal da Santa Ifigênia

O Portal da Santa Ifigênia foi lançado em 01 de janeiro de 2002, tendo como objetivo principal a divulgação de empresas e produtos comercializados na região da rua Santa Ifigênia no centro da cidade de São Paulo, focando-se principalmente em produtos voltados para a área de eletro-eletrônicos.