Se, por um lado, a queda do dólar pune a indústria e as exportações, por outro torna mais baratos alguns produtos importados ou com peças feitas no exterior. É o caso especialmente da linha de eletroeletrônicos, que chegou a cair mais de 10% no acumulado deste ano até setembro, segundo levantamento da FGV (Fundação Getulio Vargas) feito a pedido da Folha.
Entre as maiores quedas, estão aparelhos de TV (-7,81%), de celular (-10,58%), máquinas fotográficas e de filmar (-6,51%) e aparelhos de DVD (-4,73%). Para efeito de comparação, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) subiu 3,04% de janeiro a setembro.
As lojas se abastecem desses produtos majoritariamente em indústrias instaladas no Brasil, mas boa parte dos componentes é importada. Daí o impacto do câmbio valorizado.
Para André Braz, economista da FGV, a tendência é que esse movimento se acentue ainda mais, graças à nova onda de queda do dólar, que ainda não chegou ao varejo.
"Certamente, os preços neste Natal serão menores do que no ano passado. Todos os importados vão sentir. A queda do dólar foi muito forte nos últimos meses", afirma.
Segundo o economista, esses itens já haviam tido uma redução de preço no mesmo patamar em 2008 e voltaram a cair neste ano influenciados pela desvalorização cambial. O dólar, que fechou na sexta-feira cotado a R$ 1,71, acumula queda de 26,61% no ano.
Nem o repique da moeda norte-americana no fim de 2008 e no início deste ano, afirma, arrefeceu essa tendência. Braz diz que, tanto neste ano como em 2008, o dólar perdeu valor em proporções similares.
Sem remarcação
Apesar da queda constatada pela FGV, o grupo Pão de Açúcar, que controla o Ponto Frio e vende eletroeletrônicos em seus hipermercados, manteve seus preços. Diz que não sentiu ainda o impacto recente do câmbio nas últimas encomendas que fez à indústria no caso da linha de TV e áudio.
Até porque, diz a empresa, o setor não esperava o aquecimento do consumo e o número de TVs disponíveis no mercado caiu bastante. A redução da oferta, segundo a empresa, explica a manutenção dos preços.
A Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos) não se posicionou até a conclusão desta edição.
Natal
Pelos dados da FGV, alguns importados da linha de alimentos também caíram, mas sem a mesma intensidade dos eletroeletrônicos. O bacalhau recuou 11,48% no acumulado do ano. O azeite cedeu 2,2%. Já o vinho resistiu ao câmbio e subiu 5,76%.
Braz crê, porém, que tais itens da mesa natalina --e outros como nozes, castanhas e frutos secos- caiam de preço até o final do ano, sob efeito da maior desvalorização do dólar.
As lojas já fizeram suas encomendas com a cotação mais baixa, o que assegura promoções ao final do ano. Segundo José Souza e Silva, presidente da Bolsa de Alimentos do Rio de Janeiro, os produtos natalinos sairão 20% mais baratos neste ano. O bacalhau do tipo porto, afirma, poderá ser encontrado por R$ 25 o quilo.
O economista da FGV faz, porém, uma ressalva: há espaço para a recomposição de margens do comércio, o que impedirá o repasse integral da queda do dólar.
É que o rendimento se manteve em alta ao longo de toda a crise e o crédito já dá sinais de reaquecimento. Com esses dois estímulos ao consumo, afirma, os varejistas vão encontrar espaço para sustentar os preços e não repassar toda a queda do atacado.
As vendas mundiais de celulares equipados com chips GPS, que utilizam satélites para determinar a localização exata do usuário do aparelho, registrarão forte crescimento em 2009, de acordo com o grupo de pesquisa Strategy Analytics.
"Prevemos que os embarques mundiais de celulares inteligentes com GPS crescerão em saudáveis 34%, de 57 milhões de unidades em 2008 para 77 milhões em 2009", disse Joanne Blight, diretora de navegação da Strategy Analytics, na quarta-feira (29).
"Os celulares inteligentes dotados de GPS são um segmento de alto crescimento que continua a se expandir mesmo durante um momento econômico difícil, como o atual", acrescentou.
Os principais fabricantes mundiais de celulares inteligentes incluem a Nokia, líder mundial na fabricação de celulares, e empresas como Apple, HTC e RIM (Research in Motion).
Dois fatores essenciais estimularam a adoção, disse Neil Mawston, diretor de comunicação sem fio na Strategy Analytics. "Primeiro, temos a aceitação generalizada pelos consumidores de aparelhos portáteis para navegação em veículos. Depois, os serviços de navegação móvel estão melhorando. Existe presença cada vez mais forte de aplicativos de mapeamento em fornecedores importantes de celulares inteligentes", analisou.
A Nokia previu que 50% dos modelos de celulares vendidos neste ano contarão com chips GPS.
O sucesso dos recursos de navegação em celular há anos é visto como ameaça a fabricantes de sistemas pessoais de navegação como a Garmin e TomTom. A Nokia é hoje a maior fabricante mundial de aparelhos com recursos de GPS.
Ter a internet sempre ao alcance dos dedos é sinônimo de conveniência --você fica livre de ter que anotar números em papeizinhos ou ligar para alguém que esteja diante de um computador para confirmar uma informação.
Se você estiver na rua, por exemplo, e precisar consultar um endereço em um e-mail, basta sacar do bolso o celular e se conectar. Vale o mesmo para conferir notícias ou informações sobre o trânsito.
Os protagonistas dessas facilidades são os telefones inteligentes com suporte a 3G (padrão de conexão móvel com velocidade de banda larga) e os navegadores de internet móveis. Cada vez mais sofisticados, esses softwares hoje são capazes de exibir páginas no celular de forma quase igual à que elas aparecem em um computador normal.
No primeiro semestre de 2008, segundo a consultoria IDC, foi vendida no Brasil a mesma quantidade de smartphones do que no ano de 2007 inteiro.
"E certamente 2009 vai superar a marca de 2008", afirma Vinicius Caetano, analista sênior de telecomunicações da IDC. Isso, apesar dos preços dos aparelhos, ainda muito altos, segundo o analista.
Importados
O problema é que a maioria dos smartphones é importada. E as operadoras brasileiras podem firmar com seus clientes contratos de fidelidade de no máximo um ano, o que freia subsídios maiores.
Nos EUA, por exemplo, os contratos podem chegar a dois anos, o que facilita a redução do preço do aparelho para o consumidor final.
O segundo fator é cultural, afirma Caetano. Novas tecnologias costumam ser adotadas primeiro por empresas antes de chegar ao consumidor final. "As empresas no Brasil ainda não estão totalmente preparadas para usar smartphones."
Até o final de 2011, as vendas globais de telefones inteligentes superarão as de computadores portáteis, calcula a empresa de pesquisa RBC. A consultoria estima que, daqui a dois anos, cada uma dessas categorias atingirá a marca de 400 milhões de unidades anuais ao redor do mundo. Para desfrutar da internet no celular em sua plenitude, o ideal é assinar um plano 3G sem limite de tráfego de dados.
Tome cuidado se o seu plano de telefonia móvel não inclui tráfego de dados. Nesse caso, as operadoras costumam cobrar um valor fixo por Kbyte baixado --dessa forma, uma mera visita a um site pode lhe custar dezenas de reais.
A Apple inaugurou a primeira loja on-line de produtos no Brasil nesta terça-feira (6). De acordo com a assessoria de imprensa da companhia norte-americana, todos os produtos da companhia estarão nas gôndolas virtuais, exceto o iPhone, cuja distribuição nacional ainda fica a cargo das operadoras de celular autorizadas. O endereço já está acessível desde a manhã de hoje: http://store.apple.com/br.
Na loja não há, entretanto, distribuição de aplicativos para o iPhone ou músicas --feitas pela loja virtual iTunes, que ainda não tem previsão de lançamento no país.
Além de facilitar a personalização dos computadores Mac (ampliação de capacidades e compra de softwares ou acessórios, por exemplo), a loja traz produtos exclusivos, como iPods Nano amarelo e vermelho com capacidades de 8 Gbytes e 16 Gbytes (R$ 579 e R$ 679, respectivamente), e o iPod Shuffle em aço inoxidável de 4 Gbytes, a R$ 409. Semelhante à loja norte-americana, o internauta que adquirir os produtos via loja pode gravar qualquer inscrição a laser.
Ainda de acordo com a assessoria, o usuário que comprar até o dia 20 de outubro ganha uma bolsa exclusiva com uma saudação literal --"Olá, Brasil".
Professores e estudantes têm desconto nas compras. As compras acima de R$ 120 ganham frete incluso.
Com a operação brasileira, a Apple totaliza 36 lojas virtuais distribuídas por 32 países.
O estilista italiano Giorgio Armani apresentou um novo aparelho celular de US$ 1.032 (R$ 1.797), sob a chancela da marca homônima, nesta sexta-feira (9). O aparelho estilizado deve complementar a linha do estilista --que já é composta por roupas e perfumes-- e tem a intenção de combinar com a linha de ternos Armani.
O fundador e estilista Giorgio Armani, considerado um cânone da moda italiana, fez uma breve aparição pública durante o lançamento do smartphone Armani-Samsung --cujo sistema operacional será o Windows Mobile 6.5, que entrou no mercado nesta semana.
O elegante telefone tem tela sensível ao toque e teclado deslizante. Também inclui reprodutor de vídeos e navegação GPS, assim como um detalhe em bronze, "que combina perfeitamente com os ternos Armani", de acordo com comunicado.
Armani, 75, não falou durante a apresentação --apenas posou para fotografias. Mas disse, em comunicado, que "procurou criar um aparelho perfeito para os executivos de hoje".
O estilista, que sofreu com uma crise de hepatite neste ano, anunciou três grandes mudanças na administração da grife em setembro, o que dá um indicativo na flexibilização da sua jornada de trabalho. No mês passado, Armani, conhecido pelas suas linhas de roupas elegantes, clássicas e com cores suaves, disse que estava reformulando a sua agenda para cuidar melhor da sua saúde.
Trata-se do terceiro telefone Armani lançado pela Samsung.
No lançamento, o executivo-chefe da Microsoft, Steve Ballmer, vestindo uma gravata Armani, disse que o telefone era uma "declaração de estilo" e que sua companhia não deseja trabalhar em parceria com outros estilistas, informando que a parceria com a Samsung e a Armani era "uma coisa única".