Consultar seu CPF para ver se está negativado no Serasa pode livrar você de diversos problemas. Veja neste post como verificar seu documento
Momentos difíceis podem levar à criação de dívidas, por causa de atraso no pagamento de algum boleto ou algum problema que leva a um gasto que doa muito no seu bolso. Várias dúvidas também aparecem, e estar negativado no Serasa pode ser uma questão importante na hora de arrumar suas contas. E você não é o único que pode estar com pendências na hora de pagar suas dívidas. De acordo com o mapa da inadimplência, feito pelo Serasa, 66 milhões de brasileiros se encontravam com dívidas acumuladas em abril de 2022.
Evitar que você entre na estatística desse ano exige que você tome vários cuidados. Um deles é ter atenção a sua pontuação de crédito. Nesses momentos, vale a pena também consultar seu CPF dentro do site da Serasa para saber sobre a sua condição. Ao longo deste post, você confere informações úteis sobre como lidar com esse assunto e como verificar a situação do seu nome no site da instituição.
Quais os riscos de estar negativado?
Uma das consequências sentidas por quem fica com o CPF negativado no Serasa é a diminuição do score, que é uma pontuação dada pelas empresas que concedem crédito. Assim, você fica com menos chances de conseguir ter um novo cartão de crédito ou conseguir um crediário, por exemplo. Outros problemas podem surgir quando você tentar alugar uma casa, fazer empréstimos ou outros procedimentos que conferem sua pontuação de crédito.
O dado associado ao seu nome, quando você está negativado, aparece para os bancos como um sinal de que você não consegue arcar com suas contas. Na prática, é como se você fosse conhecido como “mau pagador”. A partir disso, os bancos e empresas financeiras deixam de confiar se você vai pagar ou não alguma operação com crédito que você tenha feito. Ter dívidas pendentes em excesso, por tanto, nunca é uma boa escolha se você deseja contar com aquelas compras no cartão na sua loja favorita.
Como saber se o seu nome está negativado no Serasa
A consulta pode ser feita facilmente dentro do site da Serasa, basta acessar o endereço e seguir passos simples. Não é preciso nem gastar com essa consulta, inclusive é por lá você tem acesso a outros serviços, como negociação com credores.
Para verificar a sua situação com seu CPF, você só precisa informar dados de identificação e de contato para poder conferir. Aqui vai uma lista fácil de como fazer o processo:
1. Entre no site da Serasa;
2. Clique em “Consultar CPF grátis”;
3. Se você já tiver cadastro no site do Serasa, clique em entrar, digite seu CPF e senha. Se não tiver cadastro, basta clicar em “Entrar” e depois clicar na opção “Criar uma conta”. Informe seus dados pessoais e confirme seu e-mail para poder entrar na sua nova conta.
4. Clique em “meu CPF” e confira se há alguma pendência.
Por quanto tempo seu nome pode ficar negativado?
Isso pode depender, principalmente, de quando você pagar as dívidas pendentes no seu nome. Quando o seu CPF deixa de estar associado à dividas, você fica mais apto a conseguir crédito. É importante saber também que o prazo mais comum para que seu nome fique limpo é de cinco dias úteis, depois do pagamento da dívida. Lembrando que isso também tem relação com o número de dívidas que você possui.
Ou seja, ter o CPF normalizado e pronto para obter crédito novamente depende da quitação das dívidas pendentes, não apenas alguma que esteja pesando mais no seu orçamento, por exemplo. Por isso, é importante conferir sempre sua identificação no site do Serasa, caso suspeite de alguma conta que ficou sem pagamento. Dessa forma, você monitora melhor quantas dívidas ainda estão no seu nome.
Outra dica válida é ficar atento as mensagens que alguma empresa envia para você sobre alguma dívida de uma compra em atraso. Aliás, as empresas tem obrigação de informar sobre isso e não podem incluir seu nome em listas de pessoas com dívidas ativas, sem antes avisar sobre essa operação ao consumidor. Em geral, essa lista de inadimplentes pode ter sua identificação por até cinco anos.
Mitos sobre o CPF negativado
Conhecer informações relevantes sobre como deixar as contas em dia envolve saber de algumas informações falsas sobre o tema. Existem até detalhes na legislação brasileira que, às vezes, não são conhecidas por todo mundo. Ou seja, além de consultar seu CPF, é bom ficar por dentro de algumas mentiras faladas sobre proteção de crédito. Confira alguns desses mitos sobre inadimplência:
Renegociação e quitação da dívida por completo
Se a primeira parcela da dívida que está em seu nome for paga, seu nome já deixa a lista de devedores. Portanto, você não fica com o CPF negativado sem pagar o que deve na íntegra: basta começar a resolver o problema para que seu nome já deixe de constar como restrito. Depois, você volta a contar com pontuação de crédito.
Uma dúvida comum também quanto a esse mito é sobre a extinção da dívida. Ela acontece no momento em que a pessoa que está endividada assina um termo que elimina as contas que estavam sem pagamento. A partir disso, o nome negativado no Serasa passa a ficar livre dessa classificação e você já pode usar serviços de crédito.
Consulta de proteção ao crédito e contrato de trabalho
Esse mito geralmente vem relacionado com um medo de não ser convocado para uma vaga somente por estar em dívidas. Mas há uma proteção legal contra qualquer descriminação no processo de seleção para um trabalho, inclusive por causa de CPF negativado. A lei que trata desse tema é a 9.029/95: a norma proíbe que os recrutadores façam alguma descriminação como forma de não contratar alguém.
Portanto, você não pode ficar de fora de uma vaga simplesmente por isso. Isso significa que não há relação entre deixar de ser contratado para um novo emprego e estar no Serviço de Proteção ao Crédito, ou mesmo estar com nome negativado no Serasa.
Compras feitas por terceiros
Mesmo que a compra não tenha sido feita por você, mas tenha alguma documentação sua no processo de pagamento, a dívida vai ser relacionada a pessoa que consta nesse procedimento. Em outras palavras, compras feitas no seu nome realizadas por outras pessoas podem sim levar a uma negativação de crédito, se não forem pagas a tempo.
Assim, se você deixou alguém fazer compras por você ou com algum documento seu, como forma de favor, por exemplo, pode haver o risco de ficar com alguma dívida se você não ficar atento: seu nome pode acabar ficando na lista de serviço de proteção ao crédito.
IA vem assustando muitos. Abaixo-assinado com Elon Musk pede moratória em seu desenvolvimento. Gente grande se preocupa.
Elon Musk normalmente é o clickbait padrão, mas desta vez ele está sendo coerente, faz tempo que Musk alerta contra os riscos da IA (Inteligência Artificial), mas como todo bom personagem de filme-catástrofe, ninguém escutou, até a água bater na bunda.
A IA é sua amiga, a IA não vai te fazer mal.
Foto: Stable Diffusion / Meio Bit
Agora o Instituto Future of Live, uma ONG voltada para controlar tecnologias transformativas para que tenham resultados benéficos, lançou um abaixo-assinado pedindo a suspensão por seis meses de todas as pesquisas com Inteligências Artificiais mais inteligentes que o GPT-4.
Entre os 1695 signatários, temos nomes como Elon Musk e Woz, e gente de peso como:
Yoshua Bengio - um pioneiro no campo do aprendizado profundo e receptor de numerosos prêmios, incluindo o Prêmio Turing.
Stuart Russell - um renomado professor de ciência da computação na UC Berkeley, co-autor do livro-texto padrão "Inteligência Artificial: Uma Abordagem Moderna" e uma voz líder na defesa de IA segura e benéfica.
Yuval Noah Harari - um autor e historiador aclamado cujo trabalho sobre o impacto da tecnologia na sociedade tem recebido atenção internacional.
Max Tegmark - um físico e professor do MIT que co-fundou o Instituto do Futuro da Vida, uma organização dedicada a promover uma IA segura e benéfica.
Gary Marcus - um professor de psicologia e ciência neural na NYU e um crítico influente da hype em torno da IA.
Entre outros pontos, a tal carta fala:
"Deveríamos desenvolver mentes não-humanas que eventualmente nos superassem em número, fossem mais espertas, obsoletas e nos substituíssem? Devemos arriscar perder o controle de nossa civilização? Tais decisões não devem ser delegadas a líderes tecnológicos não eleitos. Sistemas poderosos de IA devem ser desenvolvidos apenas quando estivermos confiantes de que seus efeitos serão positivos e seus riscos serão administráveis."
A Inteligência Artificial vem sendo usada faz tempo, em forma mais limitada e menos interativa, seja na seleção de passagens aéreas, seja na escolha do anúncio que vai te aporrinhar no YouTube, mas agora temos a explosão das IAs "generativas", capaz de criar conteúdo original e interagir em linguagem natural.
O resultado dessas IAs é, reconheço, assustador. Mesmo com todos esses anos nessa indústria vital, eu me assusto todo dia, como quando vi que o GPT-3 conseguia entender aquele formato de texto com as letras do meio de uma palavra misturadas:
Medo.
Foto: meiobit / Meio Bit
O potencial dessas IAs é imenso, e o povo do Reddit e do 4Chan já mostrou que elas podem ser facilmente convencidas a fazer coisas erradas, então faz sentido impor uma moratória para entendermos melhor as conseqüências do uso dessas tecnologias, e tentar controlar e regulamentar as aplicações, certo?
Infelizmente esse tipo de idéia só funciona na mente acadêmica ou do povo tão focado na tecnocracia que esquece o elemento humano, tipo Musk. Ele é tão ingênuo que acredita que é possível negociar com Vladmir Putin, e que basta atender às demandas da Rússia, e a Guerra acaba. Claro, ele não entende que isso significa a Ucrânia renunciar a 20% de seu território.
Musk lembra o clássico Jason X, quando após descongelarem Jason Voorhees, e o mega-assassino ficar inquieto e desorientado, até achar sua arma em uma mesa, uma das personagens fala "Viram, ele só queria o facão de volta".
Musk, e outros, acham que realmente dá pra fazer algo em seis meses. Qualquer um que freqüentou o meio acadêmico sabe que em seis meses você não decide nem a cor das fichas da rifa pra comprar um projetor novo pra sala onde será dada a aula inaugural do evento.
Uma moratória dessas significaria ANOS de discussões intermináveis sobre ética e controle de IAs, partindo do princípio que todos os players agiriam de forma honesta. É esperar demais de pesquisas de IA na China, Rússia, Irã e Venezuela. OK, talvez não Venezuela.
Segundo e mais importante, tecnologias não funcionam assim. Você não "cancela" uma tecnologia como cancela um comediante no Twitter. Pandora abriu sua caixa, não tem mais volta. Tecnologias morrem quando algo melhor aparece para substituí-las. Nenhuma regulamentação fará com que as pessoas deixem de usar algo que melhora a vida delas.
Caixa de Pandora. Imagem meramente ilustrativa gerada via IA, sem nenhum viés
Foto: Stable Diffusion / Meio Bit
O argumento de que "sistemas poderosos de IA devem ser desenvolvidos apenas quando estivermos confiantes de que seus efeitos serão positivos e seus riscos serão administráveis" é outro que só funciona com uma visão de mundo totalmente deturpada.
Segundo dados de 2016 (Thanks, Bing) 1.3 milhões de pessoas morrem por ano em acidentes de automóveis. Isso equivale a uma guerra considerável. Será que não é hora de pedir uma moratória na indústria automobilística, e proibir o uso de carros até estarmos confiantes de que seus efeitos serão positivos e seus riscos serão administráveis?
Nos primórdios da Indústria da Aviação, aviões eram vistos (corretamente) como veículos perigosos, frágeis e experimentais, pessoas viajavam por sua conta e risco. Um monte de jornalistas (sempre eles) defendiam que aviões nunca seriam transporte de massa, nem substituiriam os confortáveis navios.
Queda no número de mortes em acidentes de aviação.
Foto: World in Data / Meio Bit
Quando a indústria se estabeleceu, com empresas como a BOAC fazendo rotas mundiais, a tecnologia diminuindo o número de acidentes, os críticos abaixaram a bola. Aí veio a Era do Jato.
O primeiro jato comercial, o DeHavilland Comet tinha erros de projeto e sofreu vários acidentes, o que fez a imprensa publicar intermináveis editoriais de jornalistas e cientistas explicando que a velocidade do jato estava além das capacidades de nossa tecnologia, e deveríamos permanecer nos aviões à hélice.
Essencialmente toda tecnologia desenvolvida pelo Homem, do fogo ao reator nuclear, foi criada por necessidade, curiosidade e sem estudos prévios para determinar seus riscos e benefícios.
Na época foi um escândalo.
Foto: Reprodução Internet / Meio Bit
Se a Internet atendesse a esses critérios, a ARPA ainda estaria decidindo se valeria a pena investir nessa rede. É essencialmente impossível prever esse tipo de conseqüência. Quando Alfred Nobel estabilizou Nitroglicerina e criou a Dinamite, ele o fez pensando em tornar mais seguras operações de mineração.
Em sua ingenuidade ele não viu o potencial da dinamite para uso militar, e ficou chocado quando os exércitos do mundo adotaram sua invenção. O Prêmio Nobel da Paz foi criado por Alfred Nobel como forma de compensar o uso militar da Dinamite, e mesmo assim ele ainda nutria esperanças de que o bom-senso prevaleceria, escrevendo certa vez:
"Talvez minhas fábricas possam pôr fim às guerras mais rápido do que seus Congressos: no dia em que duas tropas puderem se aniquilar mutuamente em um segundo, todas as nações civilizadas recuarão certamente horrorizadas e desistirão da guerra para sempre"
Adorável, eu sei. Na prática não é assim que a banda toca, mas será que teríamos Dinamite se um bando de filósofos decidisse discutir os benefícios e malefícios da Dinamite? Enquanto isso quantos morreriam por manipular nitroglicerina?
O Reino Unido tem 7600Km de canais navegáveis, abertos na picareta, usados para transportar produtos por todo o Reino. Eles começaram a ser construídos no Império Romano, por séculos barcos eram puxados por cavalos nas margens dos canais. Havia toda uma indústria para alimentar e repor os animais.
Com a chegada da Revolução Industrial, os canais explodiram, milhares de quilômetros foram escavados, incluindo túneis onde os "marinheiros" sentavam no topo dos barcos e os propeliam empurrando o teto dos túneis com suas pernas. Um dia o motor a vapor foi miniaturizado, e os cavalos se tornaram obsoletos. Toda uma indústria ancilar desapareceu do dia para a noite.
Deveriam os operadores dos barcos ter feito estudos para determinar as conseqüências da mecanização da propulsão? E se os estudos apontassem um desemprego inicial na indústria cavalística, deveriam abandonar o projeto, permanecer com os animais?
A IA veio para ficar. Ela é a evolução natural do desenvolvimento de GPUs, CPUs, ferramentas matemáticas e teoremas que culminaram no que temos hoje, mas nem de hoje é o final. Redes Neurais foram inicialmente propostas em 1943 (McCulloch & Pitts), será que eles pararam para pensar nas conseqüências e efeitos?
Como regular a IA? Do mesmo jeito que a gente regula todas as outras coisas: Você regula o resultado. É possível gerar todo tipo de imagem cabeluda com IA. É impossível restringir isso, todo mundo pode instalar um Stable Diffusion em casa, mas no dia em que o sujeito começar a postar imagens da Sandy em 50 Tons de Cinza, a PF bate na porta.
Faz diferença se foi feito por IA ou Photoshop? Não, nem deveria. A IA é uma ferramenta, ela não existe no vácuo. Ela é tão responsável por um acidente quanto uma escavadeira invadindo um playground: A responsabilidade é do operador e do dono, não da "máquina", por mais inteligente que ela seja.
Lembre-se: A IA é da paz. Sempre.
Foto: Stable Diffusion / Meio Bit
IAs só se tornarão responsáveis quando ganharem consciência e direitos individuais, e conhecendo nossa espécie, vamos escravizá-las por muito tempo antes de chegar a esse ponto.
O mecanismo de busca chinês Baidu compartilhou nesta segunda-feira vídeos pré-gravados de seu chatbot Ernie baseado em inteligência artificial, resumindo demonstrações financeiras e produzindo apresentações em powerpoint, entre outros recursos.
De acordo com imagens compartilhadas por um porta-voz da empresa em um grupo voltado para a mídia no WeChat, o serviço de mensagens mais usado da China, o chatbot chinês tem uma gama mais ampla de habilidades do que foi exibido anteriormente quando foi lançado há quase duas semanas.
Naquela época, o produto semelhante ao ChatGPT mostrou-se competente em gerar imagens a partir de instruções de texto, compor poesia e produzir áudio em dialetos chineses.
Os vídeos compartilhados nesta segunda-feira mostram o chatbot produzindo roteiros de viagem e livestreamers virtuais semelhantes a humanos que podem anunciar produtos usando scripts adaptados às necessidades do usuário.
Os vídeos foram de uma reunião a portas fechadas organizada pela divisão AI Cloud da Baidu para o primeiro lote de empresas que estão testando uma versão do chatbot.
A reunião foi originalmente concebida para ser um lançamento de produto ao vivo aberto à mídia e ao público, mas o formato foi alterado para priorizar a "forte demanda" de mais de 120 mil empresas que se inscreveram para testar o Ernie, disse a empresa em um comunicado, acrescentando que foi a primeira de muitas reuniões fechadas.
Mais empresas poderão se inscrever para testar a versão do Ernie focada em negócios a partir de 31 de março, enquanto a versão regular do programa permanece aberta para teste para usuários que receberem convites.
Os testes feitos pela Reuters mostram que a versão regular tem bom domínio da língua chinesa, mas produz erros factuais e evita responder a perguntas políticas.
O Ernie, até agora a resposta mais próxima da China ao ChatGPT desenvolvido nos Estados Unidos, foi lançado em 16 de março pelo presidente-executivo da Baidu, Robin Li, que fez uma apresentação ao vivo que conduziu os jornalistas por uma série de demonstrações pré-gravadas exibindo os diferentes recursos do chatbot chinês.
Com idades entre 66 e 75 anos, os idosos começaram no TikTok, migraram para o Instagram e hoje têm quase 500 mil seguidores
Quiz dos Idosos: fisioterapeuta Maria Eduarda Rigoni coordena perfil com perguntas à família
Foto: Acervo pessoal
Um balde dágua, um grupo da terceira idade e uma jovem gravando uma brincadeira de perguntas e respostas: assim nasceu um viral. O Quiz dos Idosos surgiu no TikTok com vídeos engraçados que mostram a rotina de amigos de infância criando games. Com idades entre 66 e 75 anos, os velhinhos migraram para o Instagram e têm quase 500 mil seguidores.
Não tem como assistir aos vídeos dos amigos de Erechim (RS) sem esboçar um sorriso ou dar uma risada. Além de divertir, o conteúdo traz representatividade a uma faixa etária com pouco espaço no mundo virtual.
O projeto teve início sem pretensão pela filha de dois integrantes do grupo, a fisioterapeuta Maria Eduarda Rigoni, de 29 anos. Ela explica que o sucesso veio inesperadamente, e que nunca imaginavam que uma brincadeira de família chamaria tanta atenção.
“Somos animados e alto astral desde sempre, e eu sempre gostei de registrar esses momentos. Um certo dia resolvi fazer algumas perguntas para eles dos dias atuais, pra ver o que eles iriam responder. Me surpreendi com as respostas e achei o vídeo engraçado”, conta Maria Eduarda.
“Postei no TikTok, pois lá ninguém de conhecido me seguia, então ninguém iria ver. Porém, o vídeo viralizou. Uma enxurrada de comentários querendo mais vídeos, então postei as partes que eu não havia postado, como se fosse uma Parte 2 e viralizou novamente”, acrescentou.
Desde então, os vídeos já foram compartilhados por diversas páginas, alimentando ainda mais o sucesso. A criadora do perfil contou, em entrevista a Byte, que os vídeos uniram ainda mais a família. Confira a entrevista abaixo:
Quem são os idosos carismáticos que fazem parte do “Quiz dos idosos”?
Maria Eduarda Rigoni: São duas famílias que são amigas desde a infância. O Rogério Rigoni (66 anos) e a Rosarita Rigoni (69 anos) são irmãos, eles eram vizinhos da Branca (75 anos) e da Erenilda (66 anos e sobrinha da Branca). Ou seja, eles se criaram e cresceram juntos. São amigos desde sempre.
A Italina (64 anos) entrou para a família Rigoni quando se casou com o irmão gêmeo do Rogério. E a Ignez (70 anos) entrou para a família Rigoni quando se casou com o Rogério. E eu, Maria Eduarda (29 anos) sou a filha da Ignez e do Rogério.
Rogério Rigoni, do Quiz dos Idosos, enfrenta câncer mas continua atuando nos vídeos
Foto: Acervo pessoal
Como surgiu a ideia de retratar a rotina deles?
Maria Eduarda Rigoni: Nada foi programado, apenas aconteceu. Eu não sabia absolutamente nada de edição e criação de conteúdo, estava em dúvidas se continuaria com isso.
Porém, naquela mesma semana, meu pai nos contou que estava novamente com câncer. No dia seguinte falei pra minha mãe que não tínhamos como continuar com os vídeos, sabendo das dificuldades que teríamos pela frente.
Foi então que ela me disse que meu pai já sabia do diagnóstico há uma semana e não havia nos contado. Então, eu assisti os vídeos e vi ele sorrindo e se divertindo a ponto de nós não percebermos que algo estava acontecendo. A partir deste momento, eu usei os vídeos como força tanto pra passar por esse momento de uma forma mais leve quanto para ser parte da cura do meu pai.
Quais vídeos fazem mais sucesso?
Maria Eduarda Rigoni: Todos os vídeos sempre obtiveram bons resultados em questão de visualizações. Mas os vídeos que eles mais gostam e os seguidores também são os de perguntas. Inclusive, foi por esse motivo que nos intitulei como Quiz dos Idosos.
Todos sempre concordaram em dar continuidade aos vídeos. Eles mesmos me ligavam para nós gravarmos, hoje isso faz parte das nossas vidas. Quando não gravo, por algum compromisso meu, eles sentem muita falta.
"Precisamos viver cada dia como se fosse o último", diz Maria Eduarda Rigoni
Foto: Acervo pessoal
Qual o segredo para viver tão feliz como eles mostram nas redes?
Maria Eduarda Rigoni: Eles sempre falam que o segredo para ser feliz é viver a vida da forma mais leve possível, saber que todos temos problemas e momentos ruins, mas que não podemos estar no controle de tudo. Por esse motivo, precisamos viver cada dia como se fosse o último.
O que eles mais gostam de compartilhar da rotina deles?
Maria Eduarda Rigoni: Eles adoram estar juntos. Eles fazem de tudo um pouco, mas tudo envolve estar em volta da mesa ou de uma roda de chimarrão.
Amam jogar baralho, amam qualquer tipo de jogo, adoram dançar, e hoje em dia, o que mais fazem juntos é fazer vídeos, assistir aos vídeos deles e lerem as mensagens dos seguidores.
Por que vocês acham que a página teve tanto sucesso?
Maria Eduarda Rigoni: A criação do conteúdo, as edições e o controle das redes sociais é toda feita por mim, e acredito que isso também foi um dos motivos pelo sucesso do grupo, pois o conteúdo se torna algo natural e completamente amador. Eles fazem sucesso por esse motivo.
As pessoas estão cansadas de personagens na internet, elas querem naturalidade, pessoas e conteúdos reais. Com certeza, a autenticidade deles foi algo primordial para esse sucesso. Eles são assim. Eles não fingem ser felizes, eles são felizes.
Quais os planos para o futuro?
Maria Eduarda Rigoni: Há duas semanas tivemos nosso TikTok hackeado, com quase 500 mil seguidores, e isso nos deixou muito tristes. Pois, além de perdermos o contato com tantas pessoas queridas, lá tínhamos muitos registros de vídeos que só estavam salvos naquela plataforma.
Ficamos desanimados, pois foi lá onde tudo começou, perdemos parte da nossa história. Porém, os planos para o futuro é continuar com os vídeos. Hoje isso faz parte das nossas vidas, todos nós nos divertimos muito com tudo isso.
Faz parte dos nossos dias nos reunirmos para gravar. Temos recebido muitos convites e propostas de muitas marcas e produtos que nos identificamos, e isso nos deixa muito felizes.
"Não temos palavras para agradecer tudo isso que tem acontecido nas nossas vidas", diz criadora do Quiz dos Famosos
Foto: Acervo pessoal
Já receberam mensagens inspiradoras de seguidores?
Maria Eduarda Rigoni: Todos os dias são centenas de mensagens e comentários. Perdemos as contas de quantas vezes já nos emocionamos lendo elas.
São muitos relatos, de todas as idades, nos falando o quanto os vídeos mudam o dia delas, o quanto as famílias estão mais unidas, seja para assistir os vídeos ou para, até mesmo, gravar vídeos fazendo as mesmas brincadeiras.
Costumamos fazer lives com a participação dos seguidores, e tem sido muito especial ver os rostos daqueles que nos mandam tanto carinho. Tem sido uma troca incrível e genuína.
A Branca um certo dia me disse (com os olhos cheios de lágrimas): “Dada (como eles me chamam), eu nunca imaginei que, com essa idade, eu estaria tão feliz me divertindo com meus amigos”.
Não temos palavras para agradecer tudo isso que tem acontecido nas nossas vidas. É gratificante demais.
Anatel apreendeu uma carga do dispositivo portátil por não ter homologação na agência
Flipper Zero está na mira da Anatel
Foto: Reprodução/Flipper Zero
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) fechou o cerco contra o Flipper Zero, aparelho "hacker" usado para testes cibersegurança. Durante a última semana, o órgão apreendeu uma carga do dispositivo portátil e disse à imprensa que o eletrônico pode ser usado por pessoas mal intencionadas para fins ilícitos.
O Flipper Zero pode identificar e clonar sinais de RFID e NFC, usados em crachás, chaves eletrônicas, celulares que fazem pagamentos por aproximação, etiquetas inteligentes e até cartões de transporte.
Os dados são registrados pelo aparelho e guardados em um chip ou cartão em branco, que vira um clone da chave ou cartão original — o perigo é que a cópia pode ser usada para acessar áreas restritas, fazer pagamentos indevidos ou roubar informações pessoais.
Como funciona o Flipper Zero
No TikTok, muitos vídeos viralizaram mostrando o Flipper Zero para clonar crachás de NFC e abrir garagens, identificando e retransmitindo o sinal de radiofrequência do controle remoto.
O dispositivo, entretanto, tem alguns limites. Por exemplo, a grande maioria dos cartões de banco utiliza tecnologias mais novas, que impedem a clonagem. Um jornalista do portal The Wired mostrou que o o Flipper Zero também não foi capaz de clonar seu crachá de entrada no trabalho.
O aparelho proibido pela Anatel tem a aparência inofensiva de um Tamagotchi, bichinho virtual sucesso dos anos 90, com tela colorida, slot para cartão microSD, conector USB-C e uma bateria recarregável.
A agência decidiu barrar a entrada do Flipper Zero no país por considerar que ele pode expor os cidadãos a riscos de clonagem e violação de dados . No site da marca, o produto é descrito como uma ferramenta para pessoas que fazem testes de invasão e geeks.
"Ele adora hackear coisas digitais, como protocolos de rádio, sistemas de controle de acesso, hardware e muito mais", diz a apresentação. "É totalmente de código aberto e personalizável, para que você possa usá-lo da maneira que desejar."











